HILAL SAMI HILAL: YA'AYOUNI - LUZ DOS MEUS OLHOS

8 Outubro - 21 Novembro 2015
Apresentação

Abertura para convidados: 

07 de outubro, quarta-feira, às 19h

 

Período expositivo:

Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 10h30 às 19h / sábado das 12h às 17h.

Exposição “Ya’ayouni – Luz dos meus olhos” de Hilal Sami Hilal - PRORROGADA ATÉ 21 DE NOVEMBRO

 

A Galeria Marilia Razuk inaugura no próximo dia 07 de outubro a exposição Ya’ayouni - Luz dos meus olhos do artista Hilal Sami Hilal.

 

Nesta mostra Hilal traz 7obras recentes e inéditas, entre elas, as da série Deslocamentos, Roda e Aviãozinho; objetos tridimensionais de grandes dimensões, como também um grande livro feito em papel de algodão e pigmentos.

Ya’ayouni tem como ponto de partida a vida e a alegria diferentemente da emblemática exposição Seu Sami (2007/2008) onde a ausência e a melancolia inspiraram sua produção. Expressão que vem do árabe e que quer dizer “luz dos meus olhos”, e serve para designar alguém muito amado, aqui especialmente é inspirada no neto do artista que trouxe à tona recentemente seus sentimentos de alegria e amor.

 

Hilal parte das pesquisas que sempre foram a base de seu fazer artístico e constrói brinquedos como um avião, uma roda, um atlas gigante e um túnel do tempo. No decorrer de sua produção a memória afetiva é elemento sempre presente. Em seus trabalhos anteriores, em fibra de algodão, utilizava-se de trapos de roupas de familiares para elaborar a polpa do papel. Em outros trabalhos recorreu a sua origem árabe para criar caligrafias e arabescos próprios. Na série Nomes reuniu numa espécie de inventário afetivo, pessoas queridas de sua convivência.

 

Além da afetividade, o artista trabalha nesta exposição com o conceito do deslocamento e da impermanência. A série Deslocamentos são obras cinéticas feitas com sobreposição de lâminas de plástico e cortadas a laser que convidam o espectador ao movimento do olhar e ao questionamento da mutabilidade das coisas.

 

A obra Roda, grande objeto, medindo 1,50 metros de diâmetro feita em chapas de compensado naval cortadas a laser, também deriva de sua pesquisa ligada a questão do deslocamento. Seus efeitos cinéticos criam ao mesmo tempo movimento real e virtual.

 

O gigantesco livro, medindo aproximadamente 2 metros, em fibra de algodão e pigmentos, evoca cenas de um universo particular onde paisagens imaginarias sugerem nuvens em movimento continuo. Segundo Denise Mattar, “folhear as imensas páginas rugosas desse livro, exige gestos longos, quase performáticos, estabelecendo entre espectador e objeto uma interação que transcende o olhar”.

Fechando a exposição Aviãozinho, feita em chapa de alumínio revestida com papel de algodão e pigmentos, é uma clara referencia a infância. Ao agigantar a forma de um objeto simples de memória afetiva e “...dando a ele uma alma de aço...” o artista propõe um novo deslocamento e nos convida a participar desta estória.

 

Sobre o artista

Capixaba de origem síria, Hilal Sami Hilal iniciou-se,nos anos 1970, no desenho e aquarela para depois decidir se aprofundar em técnicas japonesas de confecção do papel. A partir daí, com uma viagem aoJapão, sua pesquisa intensificou-se, resultando numa segunda viagem a esse país no final dos anos 1980. Cruzando influências culturais entre o Oriente e oOcidente, entre a tradição moderna ocidental e a antiga arte islâmica, surgiram seus primeiros trabalhos em fibras de algodão.  Seguiu com o fortalecimento e o aprimoramento de suas técnicas, através do aprofundamento da pesquisa dos materiais utilizados como o cobre e resina. De seu fazer minucioso e paciente resultou uma obra de grande leveza e delicadeza reflexiva. 

 

Entre as principais exposições individuais podemos destacar, Sherazade (2014), Caixa Cultural Brasília com curadoria de Marilia Panitz, Atlas (2010), Museu Lasar Segall,  Seu Sami (2007/2008),exposição itnerante (Museu Vale do Rio Doce, SESC Pompéia, Palácio das Artes,Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro) com curadoria de Paulo Herkenhoff,Galeria Marilia Razuk em 2013, 2011, 2009. Entre as coletivas destacam-se Op-Art (2015), Museu da Casa Brasileira,Há escolas que são gaiolas e há escolasque são asas (2014), Museu de Arte do Rio, Radical Lace & Subversive Knitting (2007), Museum of Arts &Design com curadoria de David Revere MvFadden, Espaço Brasil (2005), Carreau du Temple, O fio da trama (2001), El Museo delBarrio com curadoria de Fatima Berch, Arte/identidade (2001), Siegburg Stadtmuseum.

Vistas