HILAL SAMI HILAL: PERDAS E PLANOS

18 Abril - 20 Maio 2009
Apresentação

Horário de Funcionamento:

de segunda a sexta, das 10h30 às 19h e sábado das 11h às 16h

A Galeria de Arte Marília Razuk apresenta, de 18 de abril a 20 de maio, a exposição do artista Hilal Sami Hilal. Seus trabalhos recordam a caligrafia e arabescos da arte do oriente médio e sua sofisticada construção de urdiduras lembram Musharabis - elementos vazados da arquitetura oriental – como se fossem grandes cobogós de papel.

 

Artista de ascendência síria, Hilal mostra para o público paulista a conseqüência do que viveu durante a itinerância de “Seu Sami”:mostra curada por Paulo Herkenhoff exibida em 2007 no Museu Vale do Rio Doce, e em 2008, em módulos, no MAM/RJ e SESC Pompéia/SP respectivamente.

 

Segundo o artista, as experiências nesses lugares o ajudaram a perceber que o espaço é o suporte fundamental para sua obra; lugar para intervir com suas grandes ‘mantas’ (estruturas feitas de uma mistura algodão, fibras naturais e pigmentos).

 

No andar térreo da galeria três grandes painéis vazados,que chegam até o teto, criam um labirinto; aqui não tão intrincado, mas este pequeno circuito marca fortemente o desenho do artista, um corte no espaço como faz Richard Serra, nas palavras de Hilal.

 

Nestes grandes planos construídos com linhas tão expressivas e no contraste deste espaço negativo e positivo, fica evidente onde está a reflexão do artista, na entidade que separa essa matéria: a ausência dela (o vazio) e seu diálogo com a presença.

 

No segundo andar o espectador encontrará mapas ou a planificação do térreo. Grandes bastidores com letras e signos - feitos com o mesmo material das demais obras – aplicados sobre uma fina trama de linhas invisíveis de nylon dão a impressão de estarem flutuando; uma escrita no ar.

 

Estes sistemas de coordenadas ajudam o espectador a percorrer o labirinto no térreo com mais atenção e a perder o medo deste lugar que parece aprisionar, mas que permite que seus olhos atravessem essas rendas e vejam o outro, ou quem sabe, o que este labirinto segreda.

Obras